Adolescência é a etapa em que ocorre uma
transição gradual entre a infância e o estado adulto, transição essa em que a
multiplicidade de alterações se caracteriza por profundas alterações somáticas,
psicológicas e sociais.
Esse é o segundo período da vida
extrauterina, em que o crescimento tem sua velocidade máxima, após a primeira
infância. O crescimento esta relacionado a aumento da massa corporal e
desenvolvimento físico, compreendendo também a maturação dos órgãos e sistemas
para a aquisição de capacidades novas e específicas. Em ambos os processos há
influencias e interações de fatores genéticas, ambientais, nutricionais,
hormonais e culturais.
As mudanças biológicas, psicológicas,
cognitivas e sociais que ocorrem nessa fase interferem no comportamento
alimentar dos adolescentes. A inter-relação de vários fatores pode influenciar
de maneira direta ou indiretamente na alimentação dessa faixa etária. Entre os
fatores estão os externos e internos:
·
Fatores
externos:
Unidade familiar e suas características; atitudes dos pais e
amigos; normas, valores sociais e culturais; mídia, fast-foods, conhecimento de
nutrição e manias alimentares.
·
Fatores
internos:
Necessidades e características psicológicas, imagem
corporal, valores e experiências pessoais, auto-estima, preferências
alimentares, saúde e desenvolvimento psicológico.
Muitas vezes os adolescentes têm conhecimento sobre nutrição
e alimentação saudável, mas possui dificuldades de se sobrepor as barreiras que
os impedem de agir de acordo com o que deveriam.
Os adolescentes possuem uma associação
psicossocial inconsistente em relação a alimentação, sendo para eles atividades
prazerosas, estar com os amigos, shopping, parques, fast-food e atividades
“chatas”, estar em casa com os pais comendo alimentos saudáveis.
A dinâmica familiar e o comportamento
alimentar podem influenciar positiva ou negativamente no hábito alimentar,
principalmente nessa fase complexa da vida. Adolescentes cujo relacionamento
familiar é ruim, baseado na rigidez e no autoritarismo, freqüentemente utilizam
o alimento para expressar suas revoltas. Com isso, desenvolvem praticas alimentares
erradas, com aversão e recusa alimentar, dietas excêntricas, regimes
alimentares e omissão de refeições. O mesmo pode acontecer quando os pais não
são tão presentes, sendo o alimento um reflexo da insatisfação do adolescente
frente à falta de limites.
Os
pais deveriam ser orientados a permitir a independência dos filhos, mas
proporcionar um ambiente físico e emocional que facilite o desenvolvimento
saudável e que se adapte às novas escolhas.
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